O FIM DA MORTE
Revista Manchete
TARLIS BAPTISTA
CARMEN VIANA: “SÓ MORREMOS POR DESCONHECER ESTA MÁQUINA QUE É O CORPO, O HOMEM NÃO FOI FEITO PARA MORRER”
Quando recebeu a notícia, Zózimo Barrozo do Amaral ficou temeroso. E não era para menos. É incomum você ser informado de que tem apenas três anos de vida, caso não abandone o fumo e a bebida. Para tranqüilizar a si mesmo, a mulher Dorita, o filho Fernando e os amigos que souberam da história, Zózimo fez vários exames que nenhum mal detectaram. Mas no dia 18 de novembro de 1997, três anos depois, na mesma hora em que recebera a sinistra previsão, Zózimo Barrozo do Amaral morria em Miami. “A mancha que era apenas energética tornou-se um câncer. E ele matou o Zózimo”, afirma com tristeza a terapeuta Carmen Viana, inventora do processo de programação da memória celular, que Zózimo iniciou mas interrompeu. “Nas outras etapas do processo teríamos condições de reprogramar aquela mancha energética, impedindo o câncer.
A história da experiência do famoso colunista social com a programação criada por Carmen, faz parte de um livro de Dorita Moraes e Barros, viúva do jornalista, ainda não editado. Segundo o livro, tudo começou quando o promoter Sidney Pereira reuniu um grupo de socialites para um jantar na casa de Zózimo, na primeira semana de novembro de 1994. Era a oportunidade para alguns membros da sociedade carioca conhecerem os mistérios da programação da memória celular. “Naquela ocasião, todos fizeram perguntas, menos o Zózimo. Dois dias depois, ele estava na casa de Carmen para iniciar o processo”, conta Dorita, que ficou fascinada pelo relato que Zózimo fez da sua experiência. Segundo a autora, numa vida anterior ele fora Nemésio, o guarda que pregou os pés de Jesus na cruz.
“Após a descoberta, manchas que apareciam nos seus pés quando ficava tenso desapareceram”, acrescenta Dorita, que ainda não acertou com uma editora a publicação do livro
Desde os três anos de idade Carmen Viana buscava respostas para as perguntas que se fazia sobre as origens do ser humano. Fazia tantas perguntas e se isolava tanto das outras crianças que, quando tinha 16 anos, resolveram levá-la a um médico. O diagnóstico foi assustador e irresponsável: “Segundo ele, eu tinha uma disritmia cerebral cavalar. E não era nada disso. Queria descobrir as razões de estarmos neste mundo”, explica Carmen, hoje a melhor amiga de Dorita Moraes e Barros.
A busca continuaria por mais alguns anos, até o dia em que ela, empresária na área de informática, nos Estados Unidos, não conseguia familiarizar-se com os computadores, “apesar de ter estudado a lei da relatividade e tudo o mais que pudesse me oferecer respostas para as minhas dúvidas”.
Diante da impossibilidade de continuar dirigindo uma firma de informática sem nada conhecer de computador, Carmen pediu a um dos analistas que fizesse hora-extra num sábado e lhe ensinasse tudo o que se considerava fundamental para seu trabalho. “Logo nas primeiras explicações, deu o estalo. Nosso corpo é igual a um computador e para fazê-lo funcionar é preciso ter a senha”, descobriu Carmen.
O processo de programação da memória celular é em tudo semelhante à mecânica de funcionamento do computador. Independente da cultura, religião, grau de inteligência, cor da pele ou qualquer outro fator genético, “ele pode entrar na sua memória celular, onde está arquivada toda a sua vida, passado, presente e futuro. As células da memória contêm informações que determinaram a cor do cabelo, altura, grau de inteligência etc. Contêm, ainda, toda a história do universo ao qual você está interligado”, continua Carmen. “Tudo é energia e todas as energias estão interligadas, o que nos torna parte de uma grande Internet cósmica. Cada ser humano é um terminal.”
O processo desenvolvido por Carmen está baseado num dos aspectos da lei da relatividade: “Se você consegue inverter o tempo, passado, presente e futuro serão visualizados simultaneamente. Então, para mudar a história de uma vida, tem de retroceder ao início, ver onde foi cometido o erro, consertá-lo, refazer a programação e ir em frente.” Mas para chegar até esse estágio, era fundamental dispor da senha para ter acesso ao disco rígido, que é a memória celular. “Não foi difícil descobrir que o universo funciona em som e número. Os dois estão interligados: todo som corresponde a um número e frequência.” Chegando a esse nível de conhecimento, uma das primeiras descobertas é que o homem não foi feito para morrer. “Nós só morremos por desconhecimento dessa máquina que é o corpo humano. Quando aprendermos a manusear o corpo humano, através da programação da memória celular, estaremos livres. E a Bíblia é clara ao dizer: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, explica Carmen, antes de revelar que toda a sua base de conhecimento está em consonância com os ensinamentos bíblicos. “Quando falo que não viemos para morrer, estou me referindo a outra passagem da Bíblia: “Eu sou a ressurreição e a vida.”
“Se continuarmos nesta busca, a verdade do processo de memória celular irá conduzir o homem mais próximo do seu Criador”, ressalta Carmen.
As pessoas que fazem o processo de memória celular sempre dizem: “É tudo muito simples.” E é mesmo. Carmen não hipnotiza, pelo contrário, você fica lúcido o tempo todo. Deitado numa cama, olhos vendados, vai sendo estimulado a liberar a sua mente para ter acesso à sua memória celular. Então, gradativamente, você começa a ver imagens da sua memória celular sendo projetadas numa grande tela. Inicialmente são imagens do seu passado. Com a continuação do processo, aparecem imagens do seu futuro. Tanto no passado quanto no futuro reprogramações podem ser processadas, alterando sua vida, combatendo doenças, entre outras reprogramações. Zózimo Barrozo do Amaral não deu continuidade ao processo e não pôde alterar o rumo da sua vida.